abutton
Close menu
Accessibility Menu
Bigger text
bigger text icon
Text Spacing
Spacing icon
Saturation
saturation icon
Cursor
big cursor icon
Dyslexia Friendly
dyslexia icon
Reset

Open Banking: o saque certeiro para abrir novos caminhos

O que esperar do novo modelo financeiro que promete revolucionar a relação do consumidor com o sistema bancário brasileiro

 

Às vésperas da implementação da Fase 2 do open banking no Brasil, datada pelo Banco Central para o dia 15 de julho, os impactos da transformação digital em um dos setores mais tecnológicos do País trazem à tona uma discussão, no mínimo, bem rentável: o que esperar deste segmento para os próximos anos?

O setor de serviços bancários sempre foi pioneiro em se antecipar às evoluções tecnológicas, atualizando, constantemente, seus sistemas de TI e utilizando ágeis metodologias de desenvolvimento a fim de criar novos produtos e serviços para uma melhor experiência do usuário.

A prática de compartilhar informações financeiras de forma eletrônica, segura e somente em condições aprovadas pelos clientes proposta pelo Open Banking, inclusive, já é um grande salto nesse sentido.

Os novos regulamentos pretendem preparar o caminho para um serviço de valor agregado mais personalizado e uma classificação de crédito mais precisa e direcionada. Com isso, o Open Banking está mudando a forma como os bancos fazem negócios.

As instituições tradicionais estão procurando a maneira certa de evoluir. Algumas optando por um banco digital inteiramente novo para atrair novos segmentos demográficos, e outras, por reconstruir e mudar a sua marca.

Tendência Global

Somente no Reino Unido, dados da PWC apontam que 64% da população bancária e 71% das PMEs deverão aderir aos serviços do Open Banking até 2022.

Porém, independentemente do ritmo que avancem as reformas relacionadas ao Open Banking, seja no Brasil como ao redor do mundo, é inegável que o surgimento de novos players, como as fintechs, vêm revolucionando a relação dos clientes com o mercado financeiro, assim como impulsionando os grandes bancos a mudar a forma de conduzir os seus negócios.

De acordo com uma pesquisa recente divulgada pela Global X, 86% dos millennials demonstram interesse na ideia de fazer um investimento sustentável. Já 61% relataram ter feito um investimento sustentável no ano passado. E 75% acreditam que seus investimentos poderiam gerar um impacto para reverter a mudança climática.

Seguindo nesse caminho, marcado por um significativo depósito de esperança, as aplicações práticas do conceito de RegTech também são as próximas a entrar na conta.

Composto pelos termos Reg, de regulamento, e Tech, de tecnologia, as RegTechs surgem como empresas de base tecnológica cujo objetivo é melhorar os parâmetros de conformidade regulatória com o auxílio de tecnologias como cloud, big data, biometria, Inteligência Artificial, aprendizado de máquina, análise semântica e blockchain.

“Espera-se que o mercado global da RegTech cresça de aproximadamente R$ 21 bilhões em 2018 para R$ 61 bilhões até 2023. E esse crescimento ocorrerá, principalmente, em decorrência da necessidade dos bancos de encontrarem formas de evitar pesadas multas que podem enfrentar por não se manterem em compliance”, comenta Gerard Doornbos, especialista em tecnologias aplicadas a serviços bancários e vice-presidente de Negócios da Softtek Brasil.

“Assim sendo, a aplicação de tecnologias de Inteligência Artificial poderá permitir uma redução significativa de custos de operação ao mesmo tempo em que promove uma série de melhorias em relação ao funcionamento dos sistemas” conclui Gerard.

Novos caminhos

Outro destaque ainda dentro desse cenário vai para a Economia Colaborativa, que está em constante evolução, adaptando-se às necessidades que surgem diariamente na sociedade. É um fenômeno transversal e global, visto que afeta diversos mercados e setores.

Com isso, alguns serviços tradicionalmente oferecidos por bancos – como empréstimos, envio de dinheiro, seguros, investimentos e criação de moedas criptográficas e sociais, por exemplo – passam a ser disponibilizados em plataformas colaborativas, nas quais existe uma maior interação social, uma melhoria na eficiência do serviço e um preço e um serviço final com melhores condições para o utilizador.

E diante de tanta novidade, como comunicar todas essas iniciativas de maneira assertiva aos clientes? A resposta é simples: através das mídias sociais, que, mais do que um canal de comunicação, se tornam um local onde é possível criar relacionamentos estáveis ​​e lucrativos com os consumidores, a um custo relativamente mais baixo em comparação às agências bancárias.

O maior desafio na integração de mídias sociais e canais bancários, porém, é o de proteger as informações pessoais, sobretudo a partir da sanção da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais). O que fará com que as instituições financeiras, cada vez mais, garantam e implementem soluções para tornar suas plataformas totalmente seguras.

Afinal, de todas as possibilidades apresentadas, a resposta certeira para o que se pode esperar do setor bancário para os próximos anos é mesmo esta: um futuro digital versátil, conveniente e seguro que, aliás, já não é nem futuro. É realidade.