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Que os latinos americanos são calorosos, empolgados e animados com a vida não é novidade para ninguém. Basta passar um Carnaval no Brasil ou Colômbia ou um “Dia de los muertos” no México para entender bem a felicidade do povo da região. E esse bom-humor também pode ser visto no ambiente dos negócios – e as expectativas de empresários da região para o ano que começa é a mais alta do mundo.
Segundo dados de uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), uma das instituições mais respeitadas do Brasil, os executivos da América Latina estão mais confiantes para 2013 do que seus pares de outras regiões. Em uma escala que varia de 0 a 100 pontos, o otimismo dos diretores financeiros (CFOs) latinos quanto às expectativas da economia local está com nota de 66 pontos. Logo em seguida aparecem os executivos asiáticos, com 60 pontos, seguidos daqueles nos Estados Unidos e Europa, ambos com 52 pontos.
O Brasil, apesar de ser o país de domicílio da pesquisa, chamada de Panorama Global de Negócios, não está na ponta daqueles com perspectivas positivas para o ano – talvez o fraco desempenho econômico visto no ano passado tenha pesado negativo na hora dos diretores darem a sua nota. A nota brasileira permaneceu estável em relação ao ano passado, com 60 pontos. No México, Chile e Peru, o índice foi de 75 pontos.
Na ponta oposta, entre aqueles que menos expectativas sustentam em relação ao ano de negócios, estão os argentinos: mais uma vez, pesam mais as incertezas que pairam o futuro econômico do país, especialmente em relação ao setor regulatório. Os executivos do país deram 49 pontos para o mesmo quesito.
“O otimismo dos CFOs do Brasil está parecido com o que foi verificado na pesquisa anterior (era de 62). Esse número mostra que a expectativa em relação à economia brasileira ainda é grande”, afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo o professor da FGV, Gledson de Carvalho, que foi um dos coordenadores do estudo.
O mesmo cenário pode ser tratado para o mercado de TI, especialmente de produção e terceirização de softwares no país. Muitos empresários têm surfado no bom momento econômico visto recentemente, mas há poucas – ou quase nenhuma – garantia de que o momento bom vai continuar a prevalecer ao longo do ano para a indústria. Resta muita expectativa oriunda dos grandes jogos de 2014 e 2016.
A interdependência das empresas locais – o que é muito vislumbrada entre a indústria de tecnologia local – também pode ser reconhecida na pesquisa. Para 75% dos entrevistados, um desempenho ruim da economia brasileira afetaria seus negócios. Já no sentido contrário, 60% dos entrevistados brasileiros consideram que um desempenho ruim na região impactaria seus negócios.
Ao todo foram 896 CFOs entrevistados, sendo 172 deles na América Latina e 59 no Brasil. Os resultados foram compilados em parceria com a Universidade Duke e a CFO Magazine.