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Um pouco de história
A plataforma SAP HANA (High-performance ANalytic Appliance) foi lançada oficialmente em 2010, e quase que imediatamente todo o Business Suite da SAP foi disponibilizado para ser instalado no SAP HANA, e ficou conhecido como "Suite on HANA".
Entretanto, o código-fonte do Business Suite continuava o mesmo, o que impossibilitava o uso total da capacidade de processamento in-memory do SAP HANA. A resposta veio em 2015, com o lançamento do SAP S/4HANA, cujo código foi totalmente reescrito para aproveitar ao máximo as capacidades a nova plataforma. O “S” é a primeira letra de "Simple", o número 4 refere-se à quarta geração do ERP e HANA é uma referência a plataforma SAP HANA.
Benefícios do S/4HANA
Os benefícios e sua extensão são diferentes para cada empresa e irão variar em função de fatores como mercado de atuação, maturidade dos processos e capital humano. Apenas para citar alguns, contudo, segmentamos esses benefícios em 6 grandes grupos:
A combinação do processamento de transações online (OLTP) e do processamento analítico online (OLAP) proporcionado pela plataforma HANA, habilita a obtenção de qualquer informação em tempo real. Com isso, o planejamento, a execução, a previsão e a simulação poderão ser feitos de imediato.
Vários processos de negócios previamente existentes no ECC (ERP Central Component) foram radicalmente simplificados no S/4HANA, o que abre espaço para que os colaboradores possam se concentrar nas tarefas essenciais e identificar melhorias nos processos.
Com o uso da plataforma SAP HANA, conceitos como Internet das Coisas e Big Data agora são acessíveis a qualquer empresa. Conectar pessoas, dispositivos e redes de negócios em tempo real e levar mais valor para os clientes ficaram mais fáceis.
O SAP HANA foi projetado nativamente com a interface de usuário totalmente construída com o SAP Fiori, que permite uma experiência de usuário simples, flexível e personalizada, em todas as funções do sistema a disponível em diversos dispositivos.
Redução do impacto do volume de dados - e seus custos associados de TI. Com o novo desenho do modelo de dados do S/4HANA, uma simplificação radical nas estruturas de dados foi realizada, resultando na eliminação de redundâncias, dados duplicados, tabelas de referência e índices.
O S/4HANA oferece a flexibilidade de ser implantado em Cloud, on-Premise e num modelo híbrido – o que for mais adequado para a necessidade do negócio.
O dilema da TI
O maior desafio da área de TI hoje, é justificar e reduzir os investimentos necessários para uma necessidade de negócio crescente, utilizando plataformas e tecnologias já ultrapassadas. O volume de transações e dados cresce exponencialmente e a pressão para a tomada de decisões em tempo real, com informações confiáveis, aumenta a complexidade do problema. Todos esses fatores apontam para a necessidade de uma plataforma e solução que traga os seguintes benefícios:
O S/4HANA traz ganhos de eficiência, produtividade, agilidade, segurança e compliance, além trazer todos os benefícios listados anteriormente.
Afinal, por que preciso migrar para o S/4HANA?
A resposta mais direta e que menos agrada é simples: a SAP anunciou dará suporte ao ECC 6.0 apenas até o final de 2025. Agora você deve estar pensando: “ok, tenho alguns anos pela frente para pensar nisso”. Seu pensamento não está completamente errado, mas pode não ser a melhor decisão. À medida que nos aproximamos da data final, experimentaremos um “boom” de projetos, cenário semelhante ao que ocorreu na virada dos anos 2000 – o famoso “bug do milênio”. Isso implica em escassez de profissionais e maiores custos, em função dessa relação entre oferta e demanda.
Quais os principais desafios?
Existem 3 possíveis cenários de transição para o S/4HANA, detalhados a seguir:
System Conversion – pontos de atenção:
New implementation: pontos de atenção:
Landscape Transformation: pontos de atenção:
Além desses pontos, específicos para cada um dos cenários de transição, existem considerações que se aplicam a todos:
Unicode: é um obrigatório no S/4HANA e um impeditivo técnico para conversão, ou seja, se seu sistema não é Unicode, a conversão deixa de ser uma opção;
Custom Code, ou código do cliente: eliminar códigos não usados, adaptar os códigos que ainda serão utilizados, para refletir as alterações no dicionário de dados, e garantir não somente a usabilidade mas a performance do código na nova plataforma HANA;
Migração de dados: vários grupos de tabelas foram simplificados, e apesar de ferramentas automatizadas de migração de dados estarem disponíveis, é um ponto de atenção que não pode ser menosprezado seja no cenário de conversão ou numa nova implementação;
Avaliação das novas funcionalidades: não é raro nos depararmos com desenvolvimentos que foram feitos em versões anteriores do ERP da SAP e que no S/4 passaram a ter processos standard. Para isso, torna-se necessário não somente a avaliação técnica dos desenvolvimentos, mas também a avaliação sob a ótica de negócios;
Janela técnica para o cut-over: muitas empresas têm uma janela de downtime bastante reduzida, em função da característica do seu negócio – esse aspecto deverá ser avaliado adequadamente antes mesmo de decidir sobre qual modelo de transição adotar.
Mão de obra qualificada: para maximizar o uso das novas funcionalidades e capacidades do S/4HANA, é necessário que a mão de obra – leia-se a consultoria que irá implementar – conheça a solução e como extrair o máximo dela, de forma que o negócio colha os benefícios e tenha o retorno sobre o investimento realizado o quanto antes.
Migração ou nova implementação: esse é o grande dilema e que poucos têm (e terão) coragem de enfrentar. Cada cliente tem uma história dentro do seu ECC e de tudo o que está no entorno de sua infraestrutura de TI. E, por mais dolorosa que a notícia possa parecer, em alguns casos (senão na maioria) é mais rápido e barato fazer uma nova instalação do S/4HANA e tratar o ECC como um legado, do que tentar fazer a migração. O racional é muito simples: um grande número de novos processos de negócios foi incorporado ao S/4HANA e talvez você tenha desenvolvido um subsistema no seu ECC simplesmente porque ele não atendia suas demandas.
Considerações:
Não existe um único roteiro para migrar para o S/4HANA. Nos clientes onde já atuamos ajudando a construir esse caminho, temos experimentado resultados diferentes. Diferentes arquiteturas, benefícios de negócios e ganhos em economias geradas devem ser mapeados e quantificados para ajudar no processo decisório.
O planejamento para a migração deve começar o quanto antes, com tempo adequado para identificar os direcionadores de negócio, mapear os fatores e variáveis na infraestrutura atual que são necessários para definir os possíveis caminhos a adotar, identificando vantagens e desvantagens de cada um deles.