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A era digital já é uma realidade consolidada em toda atividade humana. Afinal, segundo dados da ONU mais da metade da população mundial possui acesso à rede mundial de computadores. E quando estendemos esse pensamento para a lógica empresarial, sobretudo no período pós-pandemia, uma questão é certa: mais que decisão estratégica, a transformação digital tem se tornado, cada vez mais, sinônimo de sobrevivência.
Aliás, sobrevivência e bons negócios, haja vista que estudo da McKinsey & Company aponta que empresas líderes em maturidade digital alcançam uma taxa de crescimento de ebitda até três vezes maior que as demais, no Brasil.
Diante desse contexto, o RPA (Robotic Process Automation) vem se apresentando com uma das soluções cada vez mais procuradas nos dias de hoje justamente porque tem como um de seus principais objetivos reduzir ou eliminar a intervenção humana em processos repetitivos, em múltiplas áreas. Ou seja, ganha-se eficiência tanto na parte operacional quanto na consistência das entregas.
Prova disso é possibilidade de utilização de uma plataforma de automação cognitiva em que seja possível aplicar a lógica do Paperless – ou, em bom português, “sem papel” –, visando a auxiliar na produção de fluxos de trabalhos complexos e na criação e envio de formulários sem a necessidade de impressão de um único documento físico.
Cases de sucesso
As instituições financeiras, por exemplo, foram uma das primeiras a investir no uso de tecnologia RPA nas automações de processos de BackOffice, já passando a observar o ganho e valor agregado ao seu negócio, assim como as empresas de telecomunicações. Porém essas últimas, por sua vez, aplicando o RPA em seus processos de gerenciamento e relacionamento com o cliente, controle de despesas de seus colaboradores e gerenciamento de ocorrências.
Já hoje, as organizações dos segmentos de bens de consumos, indústria, varejo, saúde, educação e seguradoras são as novas protagonistas do uso de RPA, integrando a tecnologia em seu processo de Transformação Digital.
De acordo com o diretor de Soluções e Inovação da Softtek Brasil, Adriano Candido, a abordagem de automation-first é um dos principais vetores de uso de TI no alcance de operações de alto desempenho. “O uso de RPA é o início de uma jornada de digitalização abrindo portas para hiperautomação, BPA (Business Process Automation) e permitindo direcionar esforços para a transformação digital”, esclarece.
Já para o diretor de TI, Eduardo Floriano, as grandes corporações estão em constante busca de excelência operacional e aumento da qualidade de seus produtos e serviços para se manterem competitivos frente ao chamado mundo “VUCA” – volátil, incerto, complexo e ambíguo. “Neste sentido, a automação dos processos se torna essencial. O RPA é uma ótima opção para impulsionar tanto a digitalização de processos consolidados nas empresas quanto para alavancar a transformação digital e, consequentemente, o desenvolvimento de ofertas digitais", afirma.
É fato que as empresas estão criando comitês para sinalizar a demanda de automação – dando voz a todos os colaboradores – com o objetivo de ouvir e nutrir ideias significativas em inovação. E, com o tempo, essas empresas também passarão (ou assim deveriam) a utilizar plataformas de automação cognitiva e de automação de governança unificada.
Aqui, cabe ressaltar: mesmo com tais mudanças, os negócios continuarão a exercer atividades relevantes em seus segmentos, e a agregar valores de qualidade, economia de custos e, claro, de produtividade.
Até porque ninguém duvida que a Inteligência Artificial (IA) chegou ao mercado com o propósito de liberar tempo para o que realmente depende 100% do olhar humano, como atividades criativas que possibilitem utilizar a tecnologia e a automação não como barreiras, mas sim como janelas para a inovação.