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Sigla famosa no glossário corporativo, sobretudo no período pós-pandemia, o ESG vem ganhando cada vez mais espaço não só nos discursos das organizações, como também em seus planejamentos estratégicos.
Citado pela primeira em 2004 no relatório Who Cares Wins (em português, Quem se Preocupa Ganha), deliberado em uma assembleia geral da ONU, na época seu então secretário-geral, Kofi Annan, fez uma provocação a 50 CEOs de grandes instituições financeiras acerca de como integrar ações sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais.
Quase 20 anos depois, e devido, principalmente, a atenção do mercado financeiro à sustentabilidade, outros documentos e eventos deram ainda mais visibilidade e força ao ESG, que hoje é unânime para avaliar o quão avançadas as empresas e os países estão nas frentes de meio ambiente, social e governança, subsidiando tomadas de decisões e aportes de recursos.
Pesquisa realizada pela Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial) aponta, por exemplo, que 95% das 79 grandes empresas do Estado de São Paulo avaliadas consideram o tema ESG como prioritário em suas agendas estratégicas. Porém, fato é que tirar do papel, ou do discurso, iniciativas palpáveis, mensuráveis e concretas de ESG se faz urgente.
No Brasil, por exemplo, a situação é preocupante e merece atenção especial.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no primeiro trimestre de 2022 a taxa de desmatamento na Amazônia Legal Brasileira (ALB) registrou o maior número acumulado de alertas de desmatamento na história do monitoramento. O total chega a 941,34 km², maior índice desde 2016.
Diante desse cenário, a agenda ESG se apresenta como uma oportunidade para as empresas repensarem como estão dialogando, planejando e alocando seu investimento social, ponderando potenciais transformações sociais alinhadas ao seu plano de negócio.
No caso das empresas de tecnologia, além de atuarem no desenvolvimento de soluções sustentáveis, elas também podem – e devem! – fazer sua lição de casa, investindo em programas e ações voltados ao desenvolvimento socioambiental.
Ao atuar em diferentes frentes, é possível alinhar ações de capacitação e inclusão de minorias no mercado de trabalho, desenvolver projetos para democratizar o acesso à tecnologia e realizar ações de apoio às comunidades, todas conectadas a programas de voluntariado corporativo.
Além disso, existe uma série de outras atividades e eventos que podem ser promovidos em parceria com os colaboradores em datas comemorativas do calendário social, por exemplo.
Neste ano, nós da Softtek lançamos o projeto “Floresta Softtek”, com o objetivo de realizar o plantio de 2 mil árvores até o final de 2022.
Desenvolvido por meio de nossa organização social, chamada Fundação Solidária, o projeto será viabilizado por meio de uma parceria com a iniciativa global Plant-for-the-Planet, que fomenta a educação climática e o plantio de árvores nativas ao redor do mundo para o combate da crise climática.
Também nos comprometemos a firmar parcerias e investir em projetos sociais para incentivo, capacitação e inserção de mulheres, refugiados, jovens em situação de vulnerabilidade social e estudantes na área de tecnologia.
Sabemos que há ainda muito a ser feito. Afinal, os desafios da inclusão digital e social no Brasil, infelizmente, ainda são inúmeros. Mas se tem algo que nos motiva a seguir adiante é a certeza de que a união, realmente, faz a força. E que somente juntos, e com o respaldo da tecnologia, podemos nos unir em prol de mundo mais sustentável, tanto dentro como fora das organizações.